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Somos sete pessoas na Turismo 360 Consultoria hoje, uma realidade de empresa pequena que está bem distante de grandes corporações. Apesar disso, sabemos que em qualquer setor alguns valores são inegociáveis – e isso não muda quando falamos sobre compliance e integridade no turismo. Em um mundo onde a transparência e a ética são valores fundamentais, as organizações precisam garantir o cumprimento das normas, regulamentações e padrões. 

Além de prestar serviços para grandes empresas (e por isso conhecer melhor dessa realidade em alguns aspectos por conta de projetos que executamos em parceria), passamos a integrar recentemente o grupo de negócios do Instituto Ethos. Com ele, temos estado ainda mais próximos de empresas que não só nos inspiram pelos caminhos percorridos profissionalmente como admiramos.  E essa proximidade tem sido constantemente vivenciada. Comigo foi o caso de um evento virtual o qual participei e falava de compliance. 

Compliance significa estar de acordo com a lei, bem como a adequação dos processos para atender às exigências de parceiros e fornecedores. Os programas de compliance aumentam o controle dos gestores sobre a empresa e desenvolvem estratégias que alteram a execução dos processos e mudam o comportamento dos colaboradores, sempre com o objetivo de se adequar à lei.

Dado momento do encontro, o convite feito foi para nos reunirmos em grupos para trocar experiências, contar um pouco sobre como funcionava a aplicação do compliance em cada empresa e, especialmente, debater sobre o tema. No meu caso, éramos eu e outras três pessoas de empresas bastante distintas da nossa realidade.

Compartilhei que somos ainda uma empresa pequena, mas ao discutir com os meus colegas de grupo, concluímos que independente do tamanho do negócio tanto a integridade deve existir como um valor intrínseco quanto a prática do compliance deve ser aplicada para manter que normas sejam seguidas. Discussões como estas, servem como um direcionamento, um norte, especialmente para os casos de negócios em expansão – e para manter a empresa sempre regular. 

E por que é importante?

  • Trata-se do conjunto de políticas e diretrizes que visam evitar, detectar e tratar quaisquer desvios ou inconformidade que possam ocorrer 
  • Protege a reputação da empresa assim como evita perdas financeiras:
  • Mantém confiança e credibilidade juntos aos clientes e investidores;
  • Promove uma relação de transparência junto aos stakeholders e à sociedade.

A diferença entre compliance e integridade

Um programa de compliance eficiente envolve todos os níveis da organização, desde a equipe de gestão até os colaboradores de base. E a proposta do encontro virtual promovido pelo Ethos era, além de trazer luz ao tema, trazer orientações práticas de como essas políticas podem ser adotadas nos negócios – e é por isso que, desde então, temos discutido e buscado as melhores maneiras de implementar por aqui. 

Cada membro deve compreender a importância de cumprir as normas estabelecidas. Isso é alcançado por meio de comunicação clara, treinamentos contínuos e uma cultura corporativa que promova a integridade. E por falar nisso, no caso do Programa de Integridade, ele foca especialmente na implantação de medidas anticorrupção (ligadas à Lei 12.846/2013 Lei anticorrupção/Lei Empresa Limpa) com o objetivo de combater fraudes, desvios e outros atos ilícitos.

Cada empresa deve construir o seu próprio Programa de Integridade conforme as características e riscos atuais de suas atividades, devendo haver comprometimento com o aperfeiçoamento e adaptações sempre que necessário, atuando a todo tempo com transparência. De acordo com as orientações dos especialistas, deve-se considerar ainda o ciclo: prevenir, detectar e remediar.

Compliance e integridade no turismo

Compreendemos a importância do fomento de boas práticas, uma vez que ela traz punições e consequências para quem comete atos lesivos na administração pública. No caso específico do turismo, esse tipo de iniciativa traz mais confiabilidade aos contratantes e contratados, bem como para toda a cadeia de profissionais envolvidos. 

Além disso, dialoga com as premissas do Turismo Responsável, que por definição da WTM Responsible Tourism “minimiza impactos econômicos, ambientais e sociais negativos; gera maiores benefícios econômicos para a população local e melhora o bem-estar das comunidades anfitriãs; e melhora as condições de trabalho e o acesso à indústria”, entre outras coisas. 

Para chegar à verdadeira transformação, só é possível com integridade, não é mesmo?

Por Renata Toffoli