Quando falamos sobre a criação de uma marca turística, é essencial entender que ela é apenas o começo de um longo processo. Uma marca eficaz envolve muita energia e diversas ações, como a construção de uma comunicação ampla e impactante. Logo, é preciso lembrar que a marca não é o único elemento nesse processo.
A marca turística tem o papel de representar um destino e pode se desenvolver de várias maneiras, seja através de elementos do território ou de uma identidade mais minimalista e abstrata. O sucesso depende muito do seu posicionamento e da forma como ela reflete a regionalidade ou modernidade do destino.
A seguir, vamos citar 5 pontos a serem considerados na criação de uma marca turística.
1 – Desafios na gestão de marcas turísticas
Um dos maiores obstáculos para uma marca turística é a continuidade do trabalho de promoção e posicionamento. Muitas vezes, mudanças na gestão pública podem interromper estratégias já iniciadas, enfraquecendo o destino por falta de consistência.
Por outro lado, a iniciativa privada, que realmente faz o turismo acontecer, pode ser a grande guardiã da marca. Quando representantes do trade turístico local se envolvem no processo criativo e adotam a marca em suas estratégias de promoção, isso contribui para a construção de uma imagem forte e duradoura do destino.
2 – Colaboração e comunidade na criação de marcas
A colaboração entre o público e o privado é ideal, mas é a participação da comunidade que realmente faz a diferença. Quando as pessoas se envolvem no processo criativo e ajudam a tomar decisões, elas se apropriam da marca e isso fortalece sua presença e significado.
Por isso, é importante que a marca esteja alinhada com o DNA do destino e que haja um envolvimento ativo da comunidade para garantir que a marca seja verdadeiramente representativa.
3 – Estratégias de comunicação e promoção
A criação da identidade da marca é apenas uma etapa. As ferramentas de comunicação, como redes sociais, programas de relacionamento e estratégias direcionadas tanto para o trade (B2B) quanto para o consumidor final (B2C), são fundamentais para realizar a ativação da marca e assim fortalecê-la.
Produtos e experiências que incorporam a marca nos seus conteúdos promocionais também desempenham um papel crucial na consolidação da identidade do destino. A força da marca está diretamente ligada ao investimento e ao esforço contínuo em promovê-la.
4 – O design
Quando se trata de design, especialmente o design de marcas turísticas, há várias questões importantes que precisam ser consideradas. Uma delas é o desafio de compreensão. O processo criativo e o trabalho técnico envolvido na criação de uma marca são complexos, mas nem sempre são bem entendidos por todo. Por isso, precisam ser conduzidos com muita clareza, contemplando inclusive a criação de um Manual de Uso da Marca para auxiliar neste processo de interpretação do uso desejado dos elementos criados.
Além disso, o uso estratégico do material criado nem sempre é levado em conta, fazendo com que a marca muitas vezes seja utilizada apenas para assinar materiais, não aproveitando seu pleno potencial. É essencial reconhecer que a marca tem um papel amplo e que pode ser integrada em diversas estratégias de marketing e comunicação.
5 – O lançamento da marca é só o começo
Outro ponto importante é entender que o lançamento de uma marca não é o fim, mas sim o início de um processo contínuo. Esse processo envolve o posicionamento de marketing de destinos turísticos e inclui vários passos subsequentes para ativar efetivamente a marca no mercado.
Neste aspecto, há ainda a questão da identificação do público-alvo. Enquanto as marcas são geralmente bem aceitas dentro do trade turístico, frequentemente falta criatividade e visão estratégica para alcançar e envolver o público externo, ou seja, os turistas. É crucial pensar em maneiras inovadoras para que os turistas entrem em contato com a marca e percebam o valor que ela representa para a sua experiência de viagem.
Por fim, compreender esses elementos é fundamental para criar uma marca turística forte e bem-sucedida, capaz de representar o destino e engajar tanto os moradores quanto os visitantes.
Por Jannyne Barbosa