À medida que nos aproximamos da virada de ano, é muito válido avaliarmos os avanços e os desafios da nossa operação e do setor onde atuamos, as perspectivas e oportunidades para o próximo ano e os caminhos que pretendemos trilhar diante do futuro que se desenha. A nossa última Reunião de Planejamento Estratégico, que aconteceu em Foz do Iguaçu (PR), no começo do mês, foi um desses momentos de alinhar visões, definir prioridades e reforçar compromissos que guiarão nossa atuação no novo ciclo.
O mundo do turismo está em constante evolução e – com a intensificação das mudanças climáticas – 2025 promete ser um ano de aceleração das transformações necessárias no mundo das viagens. Nos últimos anos, a questão ambiental tem se tornado uma pauta prioritária em diversas áreas do conhecimento e da economia e o turismo não é exceção. Quem atua em um setor que se beneficia diretamente do enorme potencial natural brasileiro e sua riquíssima biodiversidade não pode se esquivar de debater as soluções possíveis para construirmos modelos de desenvolvimento menos impactantes para as paisagens naturais e para as pessoas que nelas vivem. Espera-se que os viajantes também estejam cada vez mais conscientes do impacto ambiental de suas escolhas. Com isso, a demanda por destinos e experiências sustentáveis e regenerativas vai crescer exponencialmente.
Muitas regiões e empreendimentos turísticos já estão implementando práticas como a redução do uso de plásticos, a criação de programas de preservação ambiental e o incentivo ao slow travel – uma filosofia de viagem que valoriza a qualidade da experiência sobre a quantidade de destinos visitados. Além disso, estudos de tendências mostram que os viajantes de 2025 procurarão opções de hospedagem que priorizem o uso de energias renováveis, alimentos de origem local e projetos de compensação de carbono.
A Turismo 360 e o futuro do turismo
Por isso, no ano que se aproxima, vamos ampliar o foco nas práticas ESG (Environmental, social and Governance), monitorando nossos impactos positivos e negativos. Pretendemos também implementar os *acordos globais com os quais nos comprometemos, como o Acordo de Glasgow e a Global Tourism Plastics Initiative, e nos qualificar para ingressar no ecossistema de empresas B, um movimento global que certifica empresas que adotam boas práticas socioambientais e buscam um impacto positivo na sociedade.
No que diz respeito à gestão do turismo, estamos investindo em novas tecnologias para apoiar líderes do setor a tornar o planejamento no turismo mais eficiente, a partir de soluções como os Observatórios Digitais de Turismo, plataformas que coletam, analisam e divulgam dados e informações sobre o turismo em um determinado destino. Os Observatórios desenhados por nós em parceria com a Bebook apoiam a democratização da inteligência de dados no turismo, além de oferecer informação de qualidade, com uma curadoria realizada por equipe técnica especializada e apoio da tecnologia e inteligência artificial para dar velocidade e eficiência ao processo.
O fortalecimento do Turismo Spot como um hub de conhecimento é outra grande prioridade para que possamos fomentar debates estratégicos e fortalecer movimentos ligados à inovação e à sustentabilidade.
Além disso, acreditamos que a evolução no turismo passa pela união de esforços. A consolidação de parcerias estratégicas mostrou-se um caminho frutífero para o desenvolvimento de projetos que geram impactos positivos nos territórios. Aprendemos que com bons parceiros vamos mais longe e impactamos mais pessoas.
Por fim, renovamos nossa crença de que turismo é uma atividade capaz de gerar riqueza com menos impacto, manter a cultura viva e a floresta em pé, prover protagonismo para as comunidades e gerar desenvolvimento socioeconômico. Para isso ele deve ser bem planejado e construído com uma governança forte e implementado de maneira profissional. E a Turismo 360 segue aqui para apoiar governos e organizações nessa missão.
*Acordos Globais apoiados pela Turismo 360
Pensando em uma forma de continuar colaborando com um futuro mais sustentável, somos signatários da Declaração de Glasgow e da Global Tourism Plastics Initiative.
A Declaração de Glasgow é um catalisador para uma urgência cada vez maior sobre a necessidade de acelerar a ação de redução de impacto climático no turismo e garantir compromissos fortes para apoiar as metas globais de reduzir as emissões de carbono pela metade na próxima década e atingir emissões líquidas zero o mais rápido possível antes de 2050.
Já o Global Tourism Plastics Initiative une o setor de turismo por trás de uma visão comum para abordar as causas da poluição plástica. Ela permite que empresas, governos e outras partes interessadas no turismo tomem medidas concertadas, liderando pelo exemplo na mudança em direção à circularidade no uso de plásticos.